EDITAL
1. APRESENTAÇÃO
A I Jornada Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUC-Rio (PPGCIS/PUC-Rio) tem como objetivo promover a produção acadêmica desenvolvida no programa bem como incentivar o intercâmbio entre os discentes do PPGCIS/PUC-Rio e das demais instituições do país. Nosso programa possui duas linhas de pesquisa desenvolvidas dentro das três tradições das Ciências Sociais (Antropologia, Ciência Política e Sociologia), são elas: 1) Desigualdades Socioeconômicas e Políticas no Brasil Contemporâneo e 2) Diversidade Cultural no Brasil.
Nossa primeira jornada conta com 14 Grupos de Trabalho (GTs) que abordam diversas temáticas. Cada GT será composto de pelo menos dois coordenadores membros do corpo discente e um doutor convidado para debater os trabalhos. A lista completa está disponível no anexo II deste edital.
2. INSCRIÇÕES
As inscrições para as atividades da I Jornada Discente do PPGCIS poderão ser feitas em duas modalidades:
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Ouvinte.
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Expositores de trabalhos.
As inscrições são gratuitas. As despesas para execução e apresentação dos trabalhos, inclusive os deslocamentos, serão custeadas pelos respectivos inscritos.
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1. Inscrição na modalidade ouvinte
A inscrição na modalidade ouvinte será realizada no site da Jornada. Também será possível realizar a inscrição presencialmente durante o primeiro dia do evento.
2. Inscrição na modalidade expositores de trabalho
Os interessados em participar dos GTs deverão preencher as fichas de inscrição através do site Y.
Submissão de resumos para os GTs
Solicitamos que os interessados enviem os resumos para os e-mails específicos de cada GT disponíveis no anexo II. No campo “assunto” deve-se discriminar “inscrição para o grupo de trabalho”.
A submissão de resumos para os GTs será realizada até o dia 10 de junho. Posteriormente, caso aprovado o resumo, o trabalho final deverá ser enviado até o dia 15 de agosto.
Pré-requisitos
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Serão aceitos trabalhos de pós-graduandos matriculados em programas de pós-graduação ou pós-graduados.
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Cada inscrito só poderá enviar um resumo para a Jornada.
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Não há a possibilidade de alterar a autoria após o envio do resumo.
Procedimentos para formatação e envio dos resumos
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Os resumos enviados deverão estar em formato “pdf”, contendo: (I) Título; (II) Resumo do trabalho contendo até 1500 caracteres com espaço, formatados na fonte Times New Roman, tamanho 12, texto justificado, espaçamento entre parágrafos de 1,5cm; (III) De 3 a 5 palavras-chave; e (IV) o resumo deverá ser redigido em português.
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O nome do arquivo deverá ser igual ao título do resumo, sem seu subtítulo e precedido pela palavra “Resumo”. Exemplo: se o nome completo do trabalho for “Desigualdade na cidade do Rio de Janeiro”, o nome do arquivo anexado deverá ser “Resumo_Desigualdade na cidade do Rio de Janeiro.pdf”.
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O e-mail indicado na inscrição do trabalho será o único a ser utilizado como contato pela Comissão Organizadora, mesmo para os trabalhos em coautoria.
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Os resumos que não obedecerem a formatação estabelecida neste edital não terão validade para fins de inscrição.
3. SELEÇÃO DOS RESUMOS
Os resumos recebidos serão avaliados pelos coordenadores de GTs e classificados entre aprovados e não aprovados. Após a seleção final dos resumos aprovados, haverá divulgação do resultado no site prevista para o dia 30/06/2017.
4. ENVIO DO TRABALHO FINAL
Após a aprovação do resumo, as autoras e autores aprovados para os GTs deverão enviar o trabalho final unicamente para o e-mail do respectivo GT disponível no anexo II. No campo assunto, deve-se discriminar “Submissão de Trabalho Final”. Os autores que não enviarem o arquivo dentro do prazo não poderão apresentar seus respectivos trabalhos durante a Jornada.
O prazo para o envio dos trabalhos finais será dia 15 de agosto de 2018, atendendo aos seguintes procedimentos:
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O trabalho final deverá conter até 15 páginas, excetuando as referências bibliográficas.
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Na capa deverá constar: (1) nome das autora(s) e/ou autor(es); (2) endereço eletrônico; (3) instituição de ensino; (4) orientador (se for o caso); (5) titulação (mestrando, doutorando etc.).
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O trabalho deverá ser enviado tanto em formato “.doc” quanto em formato “.pdf”, com edição na fonte Times New Roman, tamanho 12, texto justificado, espaçamento entre parágrafos de 1,5cm.
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O nome do arquivo deverá ser igual ao título do trabalho, sem seu subtítulo e precedido pela palavra “Trabalhofinal”. Exemplo: se o nome completo do trabalho for “Desigualdade na cidade do Rio de Janeiro”, o nome do arquivo anexado deverá ser “Trabalhofinal_Desigualdade na cidade do Rio de Janeiro.doc” e “Trabalhofinal_Desigualdade na cidade do Rio de Janeiro.pdf”
5. APRESENTAÇÃO NOS GTs
As apresentações deverão ser feitas oralmente e cada expositor terá até 15 minutos para apresentar seus respectivos trabalhos.
Haverá disponibilização de recurso audiovisual.
Após as apresentações e os comentários do doutor(a) convidado, haverá tempo para debate.
6. CREDENCIAMENTO E CERTIFICADOS
O credenciamento estará disponível diariamente durante os dias do evento. É obrigatória a apresentação de documento de identidade válido com foto.
Os certificados de participação serão entregues no final de cada GT, tanto para os ouvintes quanto para os expositores de trabalho.
No caso de trabalhos com duas/dois ou mais autoras/autores, todas/os receberão certificado de participação, mesmo se apenas uma/um esteja presente na apresentação.
Os certificados serão entregues por atividade.
7. PUBLICAÇÃO DOS RESUMOS E TRABALHOS COMPLETOS
Os resumos dos trabalhos selecionados para apresentação serão publicados no nosso site da Jornada:
Apenas os resumos dos trabalhos efetivamente apresentados durante o evento serão publicados nos anais da I Jornada Discente do PPGCIS/PUC-Rio.
8. LOCAL
O evento será realizado no campus da PUC-Rio.
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea -
Rio de Janeiro, RJ - Brasil - 22451-900
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Para informações adicionais e outros esclarecimentos, disponibilizamos o E-MAIL: jornadappgcis@gmail.com
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Site do evento:
https://jornadadiscppgcis.wixsite.com/jornadappgcispuc
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ANEXO I
CRONOGRAMA
Lançamento do Edital
26/03
Data final envio dos resumos
10/06
Resultado com resumos aprovados
30/06
Envio dos artigos
15/08
Realização do seminário
10/09-12/09
ANEXO II
GRUPOS DE TRABALHO
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[GT1] Antropologia das religiosidades de matrizes africanas no Brasil
E-mail: gt1ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Anderson Rodrigues Teixeira (PPGCIS/PUC-Rio)
Carolina Rocha (IESP/UERJ)
Debatedor:
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Ementa:
Neste GT propomos tecer um breve panorama de múltiplas expressões das religiosidades de matrizes africanas no Brasil, destacando suas inúmeras singularidades performativas no espaço social conflituoso que vivenciamos atualmente. Visando traçar um quadro sucinto das modalidades nas quais esta expressão religiosa se dá na contemporaneidade brasileira, privilegiaremos amostras deste marcador cultural que ilustrem a profunda diversidade identitária das mesmas. Entretanto, na constituição deste quadro cultural, valorizaremos trabalhos que evoquem não apenas as expressões de afirmação destas diversificadas modalidades religiosas, mas, também, os que enunciem as tensões deflagradas pelo recrudescimento do racismo religioso na sociedade brasileira. Serão privilegiadas pesquisas antropológicas, já que também propomos um debate a respeito das especificidades epistemológicas e metodológicas deste campo temático nas Ciências Sociais.
[GT2] Cidades, direitos, segurança e cidadania
E-mail: gt2ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
André Gomes (PPGCIS/PUC-Rio)
Julia Riscado (PPGCP/UFF)
Pedro Torres (Doutor PPGCIS/PUCRio)
Taísa Sanches (PPGCIS/PUCRio)
Debatedor:
Ementa:
O objetivo do GT - Cidades, violência e cidadania é promover o debate multidisciplinar entre pesquisadores graduados e pós-graduandos que se dedicam a investigar o espaço urbano no contexto de crise democrática, explorando o campo de estudos sobre segurança pública, participação social e cidadania. Os temas em questão se justificam pela dificuldade encontrada pelos municípios e grandes metrópoles brasileiras em direcionar recursos administrativos e técnicos para a aplicação de seus planos diretores e, consequentemente, promoverem uma gestão democrática das cidades. Nestes espaços há, ainda, dificuldade em encontrar soluções possíveis para a questão dos conflitos urbanos envolvendo o poder público, tráfico de drogas e os territórios de favelas. Assim, este GT tem por objetivo nos provocar enquanto estudiosos, trazendo investigações acerca das possíveis discussões a respeito da vida urbana, da participação política de seus cidadãos e da segurança pública em municípios e grandes metrópoles brasileiras. Desse modo, espera-se que os trabalhos propostos tenham como sugestões: discutir as diferentes formas de participação social e seus impactos no contexto urbano; análises sobre relações de confronto, de identificações e mobilizações sociais; análise de políticas públicas urbanas; análises sobre segurança pública nas cidades; os limites ou os avanços na construção de cidadania em meio aos conflitos quase diários em territórios específicos das cidades e seus municípios.
[GT3] Ciências Sociais, Direito, Cultura e Repressão
E-mail: gt3ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Iani Panit (PPGCIS/PUC-Rio)
João Gabriel (PPGCIS/PUC-Rio)
Ivan Albuquerque (PPGCIS/PUC-Rio)
Debatedor:
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Ementa:
O GT de Ciências Sociais e Direito tem como proposta proporcionar o debate entre as Ciências Sociais e a Ciência do Direito, de modo interdisciplinar e crítico. Em tempos onde as discussões sobre o Estado e o Ordenamento Jurídico têm grande relevo, as Ciências Sociais tomam para si o objeto das interpretações, de modo a traçar novos caminhos e novas direções para a sociedade brasileira.
Com o aprofundamento das questões relativas ao Direito, não é possível, nos tempos atuais, enxergar o Direito sob a ótica antiquada de um sistema autorreferenciado e que pressupõe ser potente ao ponto de ser a única ciência capaz de oferecer resposta aos seus próprios problemas. Deste modo, uma visão em conjunto, entre Direito e Ciências Sociais podem oxigenar, de maneira singular, as visões de mundo que tangenciam ao Direito no Século XXI.
Ao disseminar o presente debate, o GT de Ciências Sociais e Direito pretende aglutinar trabalhos que tenham a intenção de refletir sobre as relações entre o Direito e o Estado Brasileiro, através das chaves de interpretação do Brasil, das teorias críticas do Direito, das relações entre Direito e Política e das relações entre o Direito e a Sociedade Brasileira, abarcando também as perspectivas históricas e intelectuais que transitam entre essas ciências.
Além disso, para uma análise que pretenda ter lastro de legitimidade é necessário que haja uma conversa entre temas com a cultura, que é estudado por excelência pela Antropologia. Ademais, a Ciência Política nos dá respostas acerca de teorias importantíssimas que nos ajudam a compreender o Estado e as relações políticas que se deram e que se dão diariamente. Por fim, a Sociologia, nos brinda com uma análise da sociedade que metodologicamente busca respostas para o que muitas vezes passa desapercebido aos nossos olhos. Portanto, esses três eixos das Ciências Sociais, cada um com seu foco necessitam dialogar, isto é, a interdisciplinaridade é o que se espera com essa proposta de GT.
[GT4] Ciências Sociais, literatura e cultura pop e popular
E-mail: gt4ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Isla Antonello (PPGCIS/PUC-Rio)
Marcos Millner (PPGCIS/PUC-Rio)
Debatedor:
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Ementa:
Associar produção cultural com as ciências sociais significa assumir como objeto os personagens, cenários e enredos, entendendo que, compostos em momento específico, os respectivos elementos revelam a partir da ficção muito sobre a realidade sócio-cultural do grupo retratado.
A produção cultural ocidental normalmente centraliza o indivíduo no drama, relegando o coletivo muitas vezes à função de cenário, de contexto. No caso em especial, valoriza-se a narrativa em detrimento da busca por regras gerais e parâmetros sociais normalmente procurados pela etnografia tradicional; o texto literário faz a sociedade falar por meio de suas expressões, de dúvidas, de anseios, de forma subjetiva. A literatura não é uma fonte clara como a fotografia, não é límpida como um espelho, mas é justamente a ausência da transparência que pode revelar ao cientista social interessado um ponto que talvez não fosse encontrado em uma etnografia tradicional ou em um clássico da teoria social. No mais, as ciências sociais e a produção cultural como um todo surgem a partir de uma mesma ânsia: a necessidade de interpretar e de explicitar, de narrar, de traduzir o que está ao redor em palavras, de reparar no entorno e transformá-lo em algo inteligível, capaz de enriquecer e deslumbrar um eventual leitor. Cientistas sociais, literatos, ficcionistas, poetas e afins constituem, todos, um grande conjunto de intérpretes. Como desconsiderar, enfim, nas ciências sociais, o espaço que os romances, quadrinhos, cordéis, fanzines, poesias, séries, filmes e afins ocupam na contemporaneidade e as influências que exercem mesmo no comportamento de seus produtores e apreciadores? Como desconsiderar tais elementos ao observamos a nossa própria realidade? Ou a realidade dos outros? A proposta deste Grupo de Trabalho, portanto, é reunir pesquisadores interessados na literatura e produção cultural por um viés sociológico, considerando-as não como simples entretenimento, mas como uma fonte importante de informações sobre aquela realidade.
[GT5] Estado, sociedade e fronteiras do capital
E-mail: gt5ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Filipe Romão (PPGAS/MN/UFRJ)
Jayme Lopes (PPGCIS/PUC-Rio)
Debatedor:
Ementa:
Fronteiras e limites, não de forma incomum, são empregadas como sinônimos, apesar da redução que implica este gesto. É um fato porém, que a primeira aparece mais frequentemente associada aos fenômenos espaciais enquanto a segunda parece estar mais próxima da indicação de fim ou esgotamento de qualquer natureza. Os limites da reprodução capitalista neste sentido, andam a par com a situação das fronteiras desse mesmo modo de produção, tanto em sua dimensão espacial quando nas dimensões de uma realidade social, politica e econômica. É assim que a dinâmica capitalismo tem se mostrado capaz de assimilar seus próprios limites de forma contínua tendo o estado ao mesmo tempo como fiador dos seus interesses e meio de sua existência. Neste contexto, é realmente possível pensar em limites ou fronteiras nas relações entre estado, sociedade e capital? A partir desde questionamento, o objetivo desse grupo de trabalho é constituir um espaço de debate e aprofundamento acerca desta condição, levando em consideração as abordagens que dialoguem com (1) estudo dos fenômenos socioeconômicos observados nas sociedades contemporâneas, (2) com a relação entre ações econômicas e ações sócio-político-culturais e (3) com a integração com áreas do conhecimento como Antropologia Econômica, Antropologia Politica, Sociologia Econômica, Sociologia Histórica, Sociologia do Trabalho, Econômica Politica, História Econômica.
Temas de interesse principais deste grupo são (1) formação e estruturação de mercados; (2) desenvolvimento e desenvolvimentismo, (3) globalização e cadeias produtivas; (4) Estado e atividade econômica; (5) inovação, ciência e tecnologia; (6) agência, (7) instituições públicas e privadas, (8) redes e interesses; (9) sociologia do empreendedorismo.
[GT6] Fluxos migratórios urbanos e usos da cidade: um recorte interdisciplinar
E-mail: gt6ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Jaqueline Lobo (PPGCS/UFRRJ)
Julia Petek (PPGCIS/PUC-Rio)
Debatedor:
Ementa:
A proposta de GT contempla as duas linhas de pesquisa vigentes no PPGCIS/PUC-Rio: Diversidade cultural no Brasil e Desigualdades Socioeconômicas e políticas no Brasil Contemporâneo. Tem por intuito trazer à tona o debate do acesso à cidade através das migrações. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, é marcada por fluxos migratórios desde o período colonial e mantém até os dias atuais altos índices de população migrante.
Apesar das migrações fazerem parte da história da humanidade, os projetos migratórios são diversos e respondem a contextos muito específicos. Em um período marcado pela globalização esses fluxos se diversificam e intensificam e a paisagem das cidades torna-se mais plural a cada dia. São vozes e rostos com sotaques, línguas e culturas diferentes que se fazem presentes no cotidiano.
Acreditamos ser importante pensar quem são esses agentes, quais são suas trajetórias de vida e de que modo utilizam a cidade, refletem a cultura e as estratégias que os levam diariamente a novos lugares, espaços e vivências.
Esse GT propõe portanto uma reflexão interdisciplinar a respeito da relação entre migrações e cidades, a fim de melhor compreender as tramas e fios que compõem essa manta migratória.
[GT7] Gênero e sexualidade
E-mail: gt7ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Vladimir Bezerra (PPGCIS/PUC-Rio)
Paula Alegria (PPGAS/USP)
Debatedores:
Ementa:
A proposta tem por objetivo fomentar e amadurecer as discussões incitadas por pesquisas que dialoguem (in)diretamente com as temáticas de gênero e sexualidade em uma perspectiva interseccional, ou seja, articuladas às noções de raça, etnia, classe social e geração. O vigoroso interesse das Ciências Sociais por este campo teórico tem reforçado a interlocução com outras áreas do conhecimento e estimulado a abertura de caminhos analíticos, recortes empíricos e referências teóricas renovadas. Nas últimas décadas, refinou-se a reflexão em torno de abordagens universalizantes e essencializadoras sobre o gênero e a sexualidade e aprofundou-se a discussão sobre os binarismos que opõem categorias como natureza/cultura; sociedade/indivíduo; sexo/gênero. Considerando os objetivos da linha de pesquisa à qual se vincula este GT, “Diversidade Cultural” (PPGCIS/PUC-Rio), privilegiamos estudos que investiguem as discursividades, as práticas e os conflitos que constituem os lugares sociais e os sujeitos.
Os temas priorizados para o debate são: políticas sexuais e de gênero em contextos de avanços e retrocessos de consolidação de direitos; as relações e as tensões entre convenções identitárias de gênero e de sexualidade; estigmatizações e hierarquizações de sujeitos; saberes, moralidades e formas de regulação; ética, reconhecimento e direitos; violência, preconceito e exclusão; patologização de identidades, grupos e práticas.
[GT8] Interpretações gramscianas do Brasil
E-mail: gt8ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Caíque Bellato (PPGCIS/PUC-Rio)
Theófilo Rodrigues (PPGCIS/PUC-Rio)
Leonardo Puglia (PPGCIS/PUC-Rio)
Debatedores:
Ementa:
Numa conjuntura marcada pela polarização radical da sociedade e por um quadro de instabilidade político-institucional que colocam em risco as conquistas democráticas de 1988, mesmo intelectuais abertamente situados à direita do espectro político reconhecem a importância das categorias teóricas formuladas há mais de oito décadas por Antonio Gramsci como chaves analíticas indispensáveis à compreensão das dinâmicas sociais que caracterizam o Brasil de hoje.
Se a relevância do comunista sardo é reconhecida por seus mais ferrenhos críticos, no campo da esquerda seu pensamento continua a inspirar contribuições originais e atuais em variados campos do conhecimento. Do serviço social à linguística, passando pela educação e, sobretudo, às ciências sociais, novas gerações dão continuidade ao trabalho de pioneiros como Carlos Nelson Coutinho, Leandro Konder e Luiz Werneck Vianna. Três pensadores determinantes na difusão de uma obra que renovaria a esquerda nacional, fazendo uso do quadro teórico gramsciano em seus esforços para compreender a trajetória da sociedade brasileira a partir de nova perspectiva, sobretudo durante o regime militar e nos anos de redemocratização que se seguiram.
Com o quadro de crescente instabilidade nos planos econômico, político e social que tomou conta do país nos últimos anos, conceitos como “hegemonia”, “revolução passiva”, “Estado integral”, “sociedade civil” e “americanismo”, entre outros, ganham nova relevância como instrumentos de compreensão de um cenário de complexidade cada vez maior. Por isso, novas gerações de estudiosos dos fenômenos sociais continuam a se voltar ao pensamento de Gramsci, tendo, agora, à sua disposição um arsenal bibliográfico em constante expansão. Exemplo-chave nesse sentido foi o lançamento, em 2017, da edição em português do monumental Dicionário Gramsciano, com quase mil páginas e mais de 600 verbetes escritos por alguns dos mais relevantes estudiosos de sua obra.
É em resposta a esse cenário que o presente Grupo de Trabalho se propõe a reunir interpretações do Brasil - seja das dinâmicas sociais contemporâneas ou de momentos específicos da nossa história – que não apenas utilizem as formulações de Antonio Gramsci como fundamentação teórica, buscando ainda inspiração no modo de interpelar a realidade do comunista sardo. Um modo marcado pelo olhar amplo, transdisciplinar, que recusa simplificações, determinismos e grandes generalizações em favor da análise meticulosa dos aspectos específicos e distintos de cada fenômeno estudado.
[GT9] Masculinidades e feminilidades negras: reflexões contemporâneas sobre corpo, gênero e raça
E-mail: gt9ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Henrique Restier (IESP/UERJ)
Luane Bento (PPGCIS/PUC-Rio) e
Joyce Gonçalves (PPGCIS/PUC-Rio)
Debatedor:
Ementa:
O GT busca compreender, como e em que medida homens negros e mulheres negras apreendem os discursos hegemônicos sobre raça e gênero e produzem estratégias de provação, contestação e ressignificação de estereótipos e mitos sobre si, visando a alterar sua condição subalternizada nessa dinâmica. Se por um lado, uma série de representações negativas se vincula a eles, por outro, existe um rechaço a esses rótulos, tensionando e se contrapondo a esses clichês de diversas formas, muitas delas inusitadas.
Desse modo, nossa proposta visa discutir as novas estratégias tomadas pelos grupos negros para autoafirmarem sua existência através do corpo nos diversos espaços sociais: família, escola, universidades, instituições de pesquisa, religião, redes virtuais dentre outros lugares de sociabilidade. Numa sociedade marcadamente racista como a brasileira onde se atrela o corpo e pessoa negra a todos os tipos de estigmas e discriminações (GOMES, 2006) compreender os meios pelos quais indivíduos negros procuram outras possibilidades de interpretação sobre si é fundamental para entendermos o debate das relações raciais, a diversidade cultural e o combate às discriminações raciais históricas. São essas configurações, embates e mobilizações as esperadas nas contribuições propostas.
Este GT se insere na intersecção entre gênero e relações raciais, juntamente ao estabelecimento de uma relação entre as construções das corporeidades e as implicações em sua estética. Quando relacionamos as categorias corpo, gênero e sexualidade, buscamos nesta
oportunidade abordar masculinidades, feminilidades e a construção de corpos que se imponham contra a lógica hegemônica. O levantamento bibliográfico indica um amplo campo investigativo ainda a ser explorado sobre as masculinidades negras, suas construções e especificidades, principalmente no Brasil. Usualmente, as abordagens que relacionam as categorias de raça e gênero recaem sobre o feminino negro, e ainda assim, versando nas mais diversas categorias, a corporeidade negra, em sua complexidade, não esteja em seu escopo. Buscamos assim construir um grupo de trabalho que discuta a relação entre corpos, sexualidades e estéticas, como movimentos afirmativos, nos quais a realidade do corpo negro, em sua multiplicidade, esteja em abordagem positivada, contribuindo para a discussão sobre os corpos negros diaspóricos brasileiros.
Dessa forma, o GT se justifica por comprometer-se com uma reflexão sobre masculinidades e feminilidades negras nas expressões da corporeidade negra brasileira em sua multiplicidade e especificidade, o que contribui para o entendimento sobre o modelo de relações raciais no Brasil.
Caráter dos trabalhos que se espera para a discussão:
A intenção é convocar trabalhos que se debrucem sobre as construções do ser homem negro e do ser mulher negra, abarcando não só suas particularidades, no que tange os efeitos e estratégias de luta contra o racismo e o sexismo, mas ao mesmo tempo, a articulação dessas experiências conjuntas na diáspora afro-brasileira. Ademais, a seleção de pesquisas que tragam dados sobre expectativa de vida, acesso ao sistema de saúde e previdência social, informações sobre saúde sexual e reprodutiva, ingresso no sistema educacional e proficiência, indicadores sobre vitimização, acesso à justiça, dentre outras referências, poderão servir de base para futuras propostas de políticas de promoção da igualdade racial focadas nas demandas específicas de homens e mulheres negras no Brasil. Dessa maneira espera-se um debate rico com contribuições de ambos os lados.
[GT10] Movimentos intelectuais de direita no Brasil contemporâneo
E-mail: gt10ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Guilherme Leite (PPGHIS/UFRJ)
Mario Jorge (PPGCIS/PUC-Rio)
Marcos Milner (PPGCIS/PUC-Rio)
Debatedor:
Ementa:
Nos últimos anos, os estudos sobre as direitas no Brasil Contemporâneo têm sido crescentes. Após um longo período de “silenciamento”, causado, entre outros motivos, pelo trauma da ditadura militar, pesquisadores brasileiros passaram a olhar para as formas de ação de movimentos políticos e sociais convergentes com pensamentos conservadores, liberais-conservadores, tradicionalistas etc.
Embora suscetível a diferentes interpretações, o que se chama de Direita aqui refere-se à clássica díade estabelecida por Norberto Bobbio, no livro “Direita e esquerda: razões e significados de uma distinção política”. Entendemo-la como ligada a um pensamento que prioriza as dimensões da liberdade – em detrimento à igualdade, e como dotada de uma perspectiva de redução do papel do Estado, tanto em termos sociais, quanto políticos e econômicos.
A Direita tem se tornado tão ampla e diversificada que muitos estudiosos têm tido a preocupação de alcunhar o termo “direitas”. Embora não seja essa a preocupação central do GT, pode-se ter uma ideia, a partir da questão terminológica, da plasticidade do fenômeno na contemporaneidade.
Embora ainda haja tensões no campo acadêmico sobre as implicações políticas do estudo das “Direitas”, é cada vez mais necessário olhar para suas formas de representação política e intelectual. Assim, o GT se justifica por abrir espaço para novas abordagens que digam respeito a organizações, movimentos e intelectuais que se alinhem ao pensamento considerado como “Direita” no Brasil Contemporâneo. Desejamos estudos críticos, que mesclem uma rica análise teórica com a complexa conjuntura atual do país.
[GT11] Movimentos sociais e resistências
E-mail: gt11ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Brena Almeida (PPGCIS/PUC-Rio)
Yasmin Curzi (PPGCIS/PUC-Rio)
Carla Amorim (PPGCIS/PUC-Rio)
Debatedor:
Ementa:
O GT “Movimentos Sociais e Resistências” coloca em evidência o debate sobre as teorias das ações coletivas e práticas militantes, suas agendas e formas de resistência. Pretende mobilizar discussões sobre as lutas por reconhecimento jurídico de grupos sociais e identidades, as formas de produção de cidadania, além das relações dos movimentos com as instituições estatais. Busca reunir pesquisas também sobre formas virtuais de engajamento individual-coletivo (ciberdemocracia e ciberfeminismo) a fim de produzir reflexões sobre os limites e desafios dos arranjos contemporâneos da democracia. Está aberto, de forma mais geral, também às reflexões sobre as instituições políticas e questões concernentes à representação.
Espera-se, com tal proposição, que seja possível a visualização de novas perspectivas em relação aos movimentos sociais enquanto objeto de estudo central para a compreensão da sociedade contemporânea.
[GT12] Mulher e trabalho
E-mail: gt12ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Ana Carolina Radd (PPGCIS/PUCRio)
Natalia Leão (IESP/UERJ)
Debatedor:
Ementa:
Tradicionalmente, as mulheres estiveram em situação de exclusão socioeconômica e de inferioridade na escala de prestígio social. Ao longo do desenvolvimento das sociedades modernas, papéis sociais foram sendo definidos e de diversas formas são reproduzidos nos dias atuais, sobretudo na esfera do trabalho. O espaço público era um espaço exclusivamente de atuação masculina, no qual as mulheres não desfrutavam dos mesmos direitos que os homens e, por isso, eram desprovidas de certos privilégios, tendo suas vidas condicionadas ao ambiente doméstico e aos cuidados da família. Essa divisão social do trabalho entre os sexos é definida por Danièle Kargoat como divisão sexual do trabalho e tem como base organizativa dois princípios: de separação – o que é trabalho masculino e o que é trabalho feminino – e de hierarquização – o trabalho de homem “vale” mais do que o trabalho de mulher, ou seja, as funções laborais ocupadas pelas mulheres são em grande parte mais desvalorizada social e economicamente.
Com a entrada cada vez mais massiva da mulher no mercado de trabalho, atualmente as mulheres vêm assumindo obrigações para além das “funções” de mães e esposas. De acordo com o Comunicado do IPEA de 2010, na última década ocorreu um grande aumento do número de famílias que possuem a mulher como pessoa de referência sem a presença do cônjuge, sendo ela a única responsável pelo sustento da família, encontrando-se grande parte dessas famílias em situação precária e de vulnerabilidade social.
Este GT busca debater o que vem sendo discutido pelas feministas marxistas desde a década de 1970 acerca da definição de “trabalho” e sua divisão sexual, repensando o que vem sendo definido como trabalho reprodutivo e trabalho produtivo.
A partir das propostas apresentadas buscaremos abordar os seguintes pontos: 1 - a invisibilidade do trabalho doméstico, 2 - segregação ocupacional; 3 - brecha salarial entre sexos; 4 - desemprego feminino, 5 - ocupações precárias e mercado informal.
[GT13] Federalismo e Políticas Públicas
E-mail: gt13ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
José Teles (PPGCIS/PUC-Rio) e
Juliana Mochel (PPGCIS/PUC-Rio)
Debatedor:
Ementa:
A Constituição Federal de 1988 deu início a um período de rápida transformação do Estado brasileiro. Das políticas públicas à relação entre os agentes federados – União, estado e municípios -, a estrutura político-administrativa do Brasil vem passando, nos últimos 30 anos, por uma série de mudanças. Estas são caracterizadas por uma maior descentralização da atividade estatal em direção aos estados e municípios, como ocorre na saúde, pela reconfiguração das relações público-privadas, com a criação das agências reguladoras e processos de privatização, e por uma ampliação considerável da rede de proteção social que, se ainda está longe de atingir os resultados típicos de uma social-democracia, vem obtendo algum sucesso no combate às desigualdades existentes no país.
O GT de Políticas Públicas e Federalismo propõe-se a reunir trabalhos de diversas áreas de conhecimento que versem sobre essas temáticas, buscando compreender o dinamismo complexo assumido pelo Estado brasileiro ao longo da Nova República (1988-2017). Assim, o grupo almeja se constituir em um espaço em que os participantes terão a oportunidade de debater e apresentar suas pesquisas.
Dentre os temas propostos, destacam-se: (1) Agenda, Formulação e Avaliação de Política Públicas no Brasil; (2) Políticas Públicas e Políticas Sociais; (3) Estado, Governo e Políticas Públicas; (4) Políticas Públicas e Movimentos Sociais; (5) Federalismo no Brasil; (6) Federalismo e Políticas Públicas; (7) Federalismo Fiscal; (8) Federalismo e desigualdades regionais no Brasil.
[GT14] Sociologia da educação
E-mail: gt14ppgcispucrio@gmail.com
Coordenadores:
Gustavo Cravo (PPGCIS/PUC-Rio)
Sarah Laurindo (PPGCIS/PUC-Rio)
Debatedor:
Ementa:
O GT Sociologia da Educação se constitui como um espaço de debates e de apresentação de trabalhos de pesquisadores da temática. Considerando não apenas os recentes dilemas políticos vivenciados no campo educacional brasileiro, como também a necessidade de oferecer um espaço receptivo para graduandos, pós-graduandos, professores da educação básica e demais pesquisadores envolvidos na interseção entre sociologia e educação, espera-se reunir trabalhos (em andamento ou concluídos) que lidem com perspectivas diversas sobre as relações entre diferentes dimensões sociais que dialogam com o processo educativo no país. Dentre os temas elencados para apresentação de trabalhos estão: (1) Desigualdades sociais e escolarização; (2) Políticas de ação afirmativas, ampliação do acesso e da permanência de estudantes das camadas populares no ensino superior; (3) Juventudes, educação e escola; (4) Profissão e condição docente; (5) Disciplina Sociologia no ensino médio; (6) Sociologia da educação básica; (7) Formação de professores em Ciências Sociais; (8) Relatos de experiência docente; (9) PIBID; (10) Cotidiano escolar; (11) Metodologias e experiências de pesquisas em sala de aula; (12) Ensino de Sociologia em modalidades diferentes de ensino; (13) Pesquisas e Experiências com Livros Didáticos.