Coordenadoras:
Ana Carolina Radd (PPGCIS/PUCRio) e
Natalia Leão (IESP/UERJ)
Ementa:
Tradicionalmente, as mulheres estiveram em situação de exclusão socioeconômica e de inferioridade na escala de prestígio social. Ao longo do desenvolvimento das sociedades modernas, papéis sociais foram sendo definidos e de diversas formas são reproduzidos nos dias atuais, sobretudo na esfera do trabalho. O espaço público era um espaço exclusivamente de atuação masculina, no qual as mulheres não desfrutavam dos mesmos direitos que os homens e, por isso, eram desprovidas de certos privilégios, tendo suas vidas condicionadas ao ambiente doméstico e aos cuidados da família. Essa divisão social do trabalho entre os sexos é definida por Danièle Kargoat como divisão sexual do trabalho e tem como base organizativa dois princípios: de separação – o que é trabalho masculino e o que é trabalho feminino – e de hierarquização – o trabalho de homem “vale” mais do que o trabalho de mulher, ou seja, as funções laborais ocupadas pelas mulheres são em grande parte mais desvalorizada social e economicamente.
Com a entrada cada vez mais massiva da mulher no mercado de trabalho, atualmente as mulheres vêm assumindo obrigações para além das “funções” de mães e esposas. De acordo com o Comunicado do IPEA de 2010, na última década ocorreu um grande aumento do número de famílias que possuem a mulher como pessoa de referência sem a presença do cônjuge, sendo ela a única responsável pelo sustento da família, encontrando-se grande parte dessas famílias em situação precária e de vulnerabilidade social.
Este GT busca debater o que vem sendo discutido pelas feministas marxistas desde a década de 1970 acerca da definição de “trabalho” e sua divisão sexual, repensando o que vem sendo definido como trabalho reprodutivo e trabalho produtivo.
A partir das propostas apresentadas buscaremos abordar os seguintes pontos: 1 - a invisibilidade do trabalho doméstico, 2 - segregação ocupacional; 3 - brecha salarial entre sexos; 4 - desemprego feminino, 5 - ocupações precárias e mercado informal.
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